Este artigo apresenta minha narrativa sobre algumas experiências que vivi no processo de uma pesquisa de doutorado desenvolvida dentro um curso de Pedagogia de uma universidade pública. O objetivo do artigo é compreender como a reflexividade narrativa contribui para o processo de formação do pesquisador. Não busco desvendar a verdade sobre os fatos, mas sim apresentar a narrativa autobiográfica, segundo Passeggi (2016, 2021) como opção metodológica para resgatar algumas experiências vividas junto com as estudantes que participaram da pesquisa e os significados que dei a elas durante e depois do processo da disciplina. Metodologicamente, narro as trilhas da pesquisa, os registros do diário de campo, as transcrições dos vídeos ou o dispositivo da memória para entender os conhecimentos e saberes tecidos nessa produção. Concluo que para tornar-me pesquisadora foi preciso aprender a silenciar, sentar-me sozinha por horas e horas em busca de fundamentação, de perguntas, respostas ou ainda de originalidade.
This paper presents my narrative about some experiences I had in the process of my doctorade research, developed within a Pedagogy course at a public university. The aim is to understand how narrative reflexivity contributes to the researcher education process. I do not intend to reveal the truth the truth about the facts, but to present the autobiographical narrative according to Passeggi (2016, 2021), as a methodological option to rescue some experiences I lived with the students who participated of the research, and the meanings I gave them during and after the study process in the subject. Methodologically, I narrate the research trails, the field diary records, the video transcripts or the memory device to understand the knowledge and wisdoms woven in this production. I conclude that to become a researcher it was necessary to learn to be in silence, to sit alone for hours and hours in search of reasoning, questions, answers or even originality.