O artigo tem como objetivo discutir o processo de profissionalização docente e os impactos das políticas públicas contemporâneas nesse percurso formativo. Para tal, foram estabelecidas três categorias teóricas, a saber: reflexões sobre a contemporaneidade, compreendendo a mesma como um estado de constantes mudanças provocadas pelos múltiplos arranjos sociais, sua complexidade, inacabamento e infinita crise. A profissionalização docente, que reflete essas características por estar contida nessa realidade e é compreendida como um movimento carregado de ideologias quando se apresenta segundo várias perspectivas do ser professor. Políticas contemporâneas e (des)profissionalização docente, que agem no sucateamento do campo de trabalho e no apagamento e função social do professor. Conclui-se que há um grande desgaste social e emocional dos professores que lutam contra as poderosas forças do capital. As políticas públicas pontuadas nesse texto – juntamente com outras – associam-se a um movimento mundial de privatização da educação pública que, atualmente, é considerada a principal alternativa na resolução dos problemas nesse campo, retirando autonomia gestora e gerando grandes impactos no trabalho dos professores. Portanto, a lógica é de um sistemático sucateamento das instituições e dos seus serviços em conjunto com o movimento de desprofissionalização.
This work aims to discuss the teacher professionalization process and the impacts of contemporary public policies on this formative path. To this end, three theoretical categories were established, namely: reflections on contemporaneity, understanding it as a state of constant changes caused by multiple social arrangements, its complexity, unfinishing and infinite crisis. Teacher professionalization, which reflects these characteristics because it is contained in this reality and is understood as a movement full of ideologies when presented according to various perspectives of being a teacher. Contemporary policies and teacher (de)professionalization, which act in the scrapping of the work field and in the erasure and social function of the teacher. We conclude that there is a great social and emotional strain on teachers who struggle against the powerful forces of capital. The public policies pointed in this text - together with others - are associated with a worldwide movement for privatization of public education, which is currently considered the main alternative in solving problems in this field, removing managerial autonomy and generating great impacts on the work of teachers. Therefore, the logic is that of a systematic scrapping of institutions and their services in conjunction with the deprofessionalization movement.