Projetando o espectro do som no espaço: imagens-movimento de parciais e grãos sonoros

Revista Orfeu

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ISSN: 2525-5304
Editor Chefe: Guilherme Antonio Sauerbronn de Barros, Teresa Mateiro
Início Publicação: 01/06/2016
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Artes

Projetando o espectro do som no espaço: imagens-movimento de parciais e grãos sonoros

Ano: 2020 | Volume: 5 | Número: 1
Autores: Danilo Rossetti
Autor Correspondente: Danilo Rossetti | [email protected]

Palavras-chave: música eletroacústica, espaço, morfologia sonora, ambissonia de ordem superior, sistemas imersivos.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Enquanto o tempo é sempre mencionado como característica inerente à música, o espaço na maioria das vezes não é tratado como categoria operatória da composição, algo que mudou de figura durante o século XX devido a novas abordagens composicionais e teóricas. Este artigo apresenta a construção de um instrumento digital em Max/MSP maleável a diferentes configurações de difusão sonora e congregando diferentes possibilidades de síntese com espacialização em ambissonia de ordem superior, com o intuito de integrar o espectro do som à espacialização na música eletroacústica (acusmática ou mista) pela projeção de parciais e/ou grãos em movimento no espaço de difusão. Para tanto, são apresentados os seguintes referenciais teóricos: 1) abordagens históricas do espaço na composição musical com ênfase nos séculos XX e XXI; 2) o sistema Ambisonics; e 3) uma conceituação sobre os modelos sonoros ondulatório e granular, dessa forma situando a proposta na área da criação musical para sistemas com grande densidade de alto-falantes. Como resultados, apresento as ferramentas de composição e espacialização incluídas no instrumento digital desenvolvido, além do experimento composicional Imagens transdutivas. Como conclusão, esboça-se uma reflexão sobre a percepção sonora em sistemas imersivos a partir das ideias de imagem-movimento e blocos de espaço-tempo.



Resumo Inglês:

While time is always mentioned as an inherent feature of music, space in most of the times is not included as an operatory feature in composition, something that has changed during the 20th Century due to new compositional and theoretical approaches. This article addresses the construction of a digital instrument in Max/MSP malleable to different conditions of sound diffusion and gathering different possibilities of sound synthesis and high-order ambisonics spatialization, searching to integrate the sound spectrum to the spatialization in electroacoustic music (acousmatic or live-electronics) from the projection of partials and/or grains in movement in the diffusion space. In this context, we present the following theoretical background: 1) historical approaches of space in musical composition, mainly in 20th and 21st Centuries; 2) the ambisonics system, and 3) a conceptualization on the undulatory and granular sound models, situating our proposal in the field of musical composition for high density loudspeaker arrays. As a result, I discuss the composition and spatialization tools included in the digital instrument developed, besides the compositional experiment Imagens transdutivas. As a conclusion, we outline some considerations on sound perception in immersive systems from the ideas of movement image and blocks of space-time.