O aumento da expectativa de vida evidenciado nas últimas décadas faz com que a população de idosos se torne cada vez mais significativa. Entretanto, a longevidade acarretou o compromisso de conquistar lugares de cidadania para os idosos. A opção pela institucionalização não tem sido eficiente para esses
propósitos; pelo contrário, geralmente tem trazido abandono, descaso e sofrimento para pessoas que vivem nesta situação. Tendo em vista a relevância dessa questão na contemporaneidade, surgiu o interesse em trabalhar com a população idosa, buscando contribuir com a discussão sobre o tema e, assim, criar perspectivas de debate e intervenção sobre a velhice. Neste texto, relatamos uma experiência de convÃvio com um grupo de idosas institucionalizadas, na qual foram conquistados espaços para a expressão de sentimentos, estimulação cognitiva e para a “escuta†das perspectivas de cada pessoa envolvida no processo. Para tanto, utilizamos a observação participante, que, além de um simples olhar, supõe ações planejadas em contexto. Desse modo, visamos a uma intervenção mais crÃtica e justificada nas especificidades do grupo. Este trabalho permitiu compreender melhor a importância de fortalecer as redes de apoio social para a velhice e reafirmar a necessidade de elaborar polÃticas destinadas à melhoria da qualidade de vida das pessoas dessa faixa etária. Assim, além da mobilização de diferentes atores sociais, constatamos a necessidade de maior integração entre as polÃticas de atenção, as necessidades das comunidades e os conhecimentos produzidos sobre o tema.