O propósito deste trabalho consiste em analisar alguns projetos de escolas primárias do arquiteto Raul Lino durante a I República (1910-1926). Trata-se de um conjunto de plantas e de alçados, parte integrante do seu espólio (depositado na Fundação Calouste Gulbenkian), até hoje pouco valorizado pela historiografia. Na análise desses projetos (escolas unitárias e escolas graduadas) adotam-se como indicadores o significado da existência, a localização e a disposição de diversos espaços escolares, bem como a relação estabelecida entre eles, tentando assim perceber a importância que o arquiteto lhes atribuÃa. Procura-se, por outro lado, interpretar o significado da inexistência de espaços especificamente destinados a certas funções, concretamente para a função diretiva nos projetos de escolas graduadas.