Qualquer instituição de ensino superior (IES) está sujeita a um conjunto de forças internas e externas, endógenas e exógenas, controláveis e não controláveis, cuja conjugação, em termos de cenários, poderá ditar o seu futuro. Sendo certo que o futuro da instituição depende da conjugação de elementos de natureza externa, exógena e não controlável não deixa de ser também decisiva a resposta endógena, por parte dos elementos que, sendo internos, serão, aparentemente, melhor controláveis. Na verdade, enquanto instituições, os estabelecimentos de ensino superior são compostos por agentes/indivíduos possuindo interesses privados que, em determinadas circunstâncias, se sobrepõem aos interesses colectivos, devendo estas circunstâncias ser, o mais possível, evitadas e, muito mais, não devendo ser incentivadas. A criação e sustentabilidade de um comportamento cooperativo por parte dos diversos indivíduos que compõem a instituição é, assim, uma condição decisiva para o seu futuro. O principal objetivo do trabalho é, assim, o de mostrar a importância do comportamento cooperativo para o futuro das IES, para tal utilizando uma metodologia de simulação baseada em agentes. Em termos específicos, a partir da construção de cenários, a sua simulação permite, em primeiro lugar, 'lançar luz' sobre as consequências futuras para as IES acaso tal comportamento não se verifique e, em segundo lugar, chamar a atenção para os fatores que se revelam decisivos na adoção, ou não, de um comportamento cooperativo por parte das forças internas que atuam nas IES.