Na década de 1980, com a redemocratização do Brasil, houve a valorização da propriedade coletiva não só pelos movimentos sociais mais radicais, porém eventualmente até pelas instâncias públicas. No campo, gerou-se a expectativa de experimentos com a propriedade coletiva que suplantassem a simples cooperativa para se chegar à lavoura em mutirão. Este artigo estuda as diversas formas como a propriedade coletiva se manifestou em três assentamentos rurais assistidos pelo Estado do Rio de Janeiro durante esse período: Campo Alegre, Fazenda da Conquista e Sol da Manhã, cada qual com perfil diferente. Após os estudos de caso, procuramos discutir os fatores estruturais que favorecem ou limitam a estabilidade da propriedade coletiva no campo.
As Brazil moved towards democracy during the 1980’s, collective property began to be seen as a positive asset not only by radical social movements, but also by some public agencies. In the agrarian sphere, it was even hoped for experiments that could go farther than cooperativism and even implement collective farming. This paper studies the forms of collective property in three land settlements, all of them under the management of the State of Rio de Janeiro: Campo Alegre, Fazenda da Conquista e Sol da Manhã. Each of them had a different profile. After case studies, we discuss the structural socio-historical factors that foster or constrain the stability of the agrarian collective property.