Psicanálise e Semiótica: situação em 2020

Estudos Semióticos

Endereço:
Av. Luciano Gualberto, 403 - Depto. Linguística - Fac. Filosofia, Letras e Ciências Humanas - Universidade de São Paulo - Cidade Universitária
São Paulo / SP
05508-900
Site: http://www.revistas.usp.br/esse
Telefone: (11) 3091-4586
ISSN: 1980-4016
Editor Chefe: Ivã Carlos Lopes
Início Publicação: 30/11/2005
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Linguística

Psicanálise e Semiótica: situação em 2020

Ano: 2020 | Volume: 16 | Número: 1
Autores: Waldir Beividas
Autor Correspondente: Waldir Beividas | [email protected]

Palavras-chave: psicanálise, semiótica, significante, pulsão, transferência

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Descrevo neste texto como se apresenta atualmente, a meu ver, a situação de interface entre a psicanálise de S. Freud e de J. Lacan e a semiótica europeia de A. J. Greimas. Centro a atenção em como a interface teve inícios, nos anos 1960, em decorrência da abertura da psicanálise, por Lacan, para o campo estruturalista da linguística de F. de Saussure, nos anos 1950. Registro alguns tópicos desenvolvidos na interface: (i) a questão do conceito de significante, por Lacan, com o intento de mais bem ajustá-lo frente ao sentido, significado, significação, efeitos de sentido; (ii) a questão do conceito de pulsão, na tentativa de melhor arranjo dos seus desdobramentos em patologias e nas paixões humanas, a desenhar um percurso gerativo da subjetividade inconsciente; (iii) o conceito freudiano de transferência, enfatizado por Lacan como sujeito-suposto-saber, e minha leitura dele, para ampliação de suas incidências, com o recurso da teoria semiótica das modalizações sintáxicas do discurso. A finalidade geral do texto não é outra senão evitar que a interface esmoreça, pois que imperativa, quando o que está em jogo é o desafio do melhor conhecimento possível sobre os difíceis meandros por onde flui a subjetividade humana



Resumo Inglês:

In  this  text  I  describe  how  I  capture  the  interface  between  Freudian and  Lacanian psychoanalyses  and  Greimassian  semiotics  nowadays.  I  focus  on how  this  interface  began  in  the  1960s  due  to  Lacan’s  opening  towards Saussurean structural linguistics back in the 1950s. Here are some of the topics developed  in  this  interface:  (i)  the  Lacanian  concept  of  signifier,  in  order  to determine  a  suiting  position  for  it  among  the  related  concepts  of  meaning, significance,  and  effects  of  meaning;  (ii)  the  drive  concept,  in  an  attempt  to better  shape  its  developments  both  in  psychopathologies  and  in  human passions, so to draw a generative process of unconscious subjectivity; (iii) both the  Freudian  concept  of  transference  and  the  Lacanian  concept  of  subject-supposed-to-know.  Hopefully  my  interpretation  of  them  shall  prove  useful  to expand its incidences by means of the semiotic modal theory. Above all the global purpose of this text is to prevent the interface from fading, acknowledging that what is at stake is the ever challenging task of understanding human subjectivity