Em uma época em que muito se fala sobre inclusão de pessoas com deficiência e sobre a necessidade de preparação para o exercÃcio desta inclusão, o presente artigo se propõe questionar em que momento a surdez passa a ser compreendida como deficiência, sendo incorporada à s PolÃticas Públicas de Inclusão a partir de uma produção acerca de suas especificidades e saberes cientÃficos. Nesse sentido, o presente artigo visa a problematizar o momento e a maneira como as pessoas surdas passam a ser público-alvo da Psicologia. Propõe-se, ao longo da discussão, a compreensão dos movimentos de normatização, normalização e governamento da diferença, visando apresentar a possibilidade e/ou necessidade de lançar um novo olhar sobre a surdez com o intuito de modificar a relação entre Psicologia e Surdez, distanciando-se da relação saber-objeto em que tal encontro está instituÃdo. Para tal serão tensionados alguns depoimentos e discursos presentes na fala de profissionais da área, identificando de que lugar a Psicologia fala atualmente e como tais narrativas dão visibilidade a processos de subjetivação da população surda.
In a time in which Inclusion of the Disabled and the necessity of preparation for the practicing of this inclusion is discussed, the present article intends to state historically in what moment deafness begins to be understood as a disability, incorporated to the Public Politics of Inclusion through a production of its specificity and scientific knowledge. In this sense, the present paper intends to problematize the moment and way deaf people become a target for the Psychology. Throughout the discussion, the understanding of the rule and normalization moves and governing of the difference is proposed, aiming to present the possibility and/or the need of launching a new look upon deafness with the goal of changing the relationship between Psychology and Deafness, differently from the knowledge-object relationship in which such encounter is instituted. In order to do so, some statements and talks present in the speeches of professionals of the field will be tensioned identifying what place Psychology speaks from currently and the way these narratives depict the Subjectivation processes of the deaf population.
En un momento en que se dice mucho acerca de la inclusión de las personas con discapacidad y la necesidad de prepararse para el ejercicio de esta inclusión, este artÃculo tiene como objetivo cuestionar en qué momento la sordera se entiende como la discapacidad, que se incorpora a la polÃtica pública de una producción de sus conocimientos especÃficos y cientÃficos. En este sentido, este artÃculo trata de problematizar la manera como la población sorda se vuelven audiencia de PsicologÃa. Se propone, a través de la discusión, la comprensión de los movimientos de la normatización, la normalización y lo governamento de la diferencia, con el objetivo de presentar la posibilidad y/o necesidad de dar una nueva mirada sobre la sordera, a fin de modificar la relación entre la PsicologÃa y la sordera, alejándose de la relación de objeto a sabiendas de que tal reunión se establezca. Asà se hará tensar algunos testimonios y discursos presentes en el discurso de los profesionales, la identificación de ese lugar la PsicologÃa habla hoy, y cómo estas narrativas visibilizam procesos de subjetivación de la población sorda.