Psicologia histórico-cultural e a atividade dominante como mediação que forma e se transforma: contradições e crises na periodização do desenvolvimento psíquico

Revista Obutchénie

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ISSN: 2526-7647 (on-line)
Editor Chefe: Andréa Maturano Longarezi
Início Publicação: 06/04/2017
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Educação

Psicologia histórico-cultural e a atividade dominante como mediação que forma e se transforma: contradições e crises na periodização do desenvolvimento psíquico

Ano: 2019 | Volume: 3 | Número: 3
Autores: A. A. Abrantes, N. M. Eidt
Autor Correspondente: A. A. Abrantes | [email protected]

Palavras-chave: Psicologia Histórico-Cultural, Periodização do desenvolvimento, Transformações qualitativas

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo parte do fundamento de que somente é possível compreender o conceito de atividade dominante/guia e a periodização do desenvolvimento psíquico sistematizado pela Psicologia Histórico-Cultural tendo conhecimento dos princípios do materialismo histórico dialético, particularmente manejando a teoria como sistema conceitual advindo das contradições e transformações qualitativas da realidade. Nosso objetivo foi analisar a concretude supraindividual da categoria atividade e destacar as contradições inerentes à atividade dominante/guia compreendendo as crises como momentos de ruptura necessários ao desenvolvimento psíquico. A exposição foi organizada em dois momentos; no primeiro, destacou-se a unidade entre o conceito de atividade dominante e o de prática social, tendo a finalidade de apontar que a atividade dominante/guia é uma mediação que se transforma no decorrer da vida social em direção à atividade consciente de si. No segundo, sublinhou-se o processo de formação das contradições internas inerentes a cada período do desenvolvimento afirmando que as crises significam superações de contradições particulares que colocam desafios mais complexos à pessoa. Concluímos com apontamentos sobre o problema de manejar o conceito de atividade dominante na sociedade marcada pela desigualdade estrutural, considerando que as crises não podem ser concebidas como universais a-históricos, visto que possuem conteúdos sociais distintos e qualidades determinadas pela contradição humanização – alienação.



Resumo Inglês:

This article is based on the fact that it is only possible to understand the concept of dominant / guiding activity and the periodization of psychic development systematized by Historical-Cultural Psychology having knowledge of the principles of dialectical historical materialism, particularly managing theory as a conceptual system arising from contradictions and qualitative transformations of reality. Our objective was to analyze the supraindividual concreteness of the activity category and to highlight the contradictions inherent to the dominant / guiding activity, including crises as moments of rupture necessary for psychic development. The exhibition was organized in two moments; in the first, the unity between the concept of dominant activity and that of social practice was highlighted, with the purpose of pointing out that the dominant / guide activity is a mediation that becomes the course of individual life toward self-conscious activity. In the second, the process of formation of internal contradictions inherent to each period of development was emphasized, affirming that crises mean overcoming particular contradictions that pose more complex challenges to the person. We conclude the chapter with notes on the problem of managing the concept of dominant activity in society marked by structural inequality, considering that crises can not be conceived as a-historical, since they have distinct social contents and qualities determined by the contradiction humanization - alienation.