Pteridium aquilinum NA ALIMENTAÇÃO HUMANA: UMA REVISÃO
Acta Veterinaria Brasilica
Pteridium aquilinum NA ALIMENTAÇÃO HUMANA: UMA REVISÃO
Autor Correspondente: Carla Maria Vela Ulian | [email protected]
Palavras-chave: ruminantes, saúde pública, samambaia, intoxicação
Resumos Cadastrados
Resumo Português:
Pteridium aquilinum ou samambaia do campo, como é conhecida popularmente, está presente na
maioria das propriedades rurais de criação extensiva e semi-extensiva do mundo. Sua presença está relacionada
com a intoxicação aguda denominada hematúria enzoótica, após ingestão de grandes quantidades em pouco
tempo. Possui relação, também, com a presença de neoplasias de trato digestório superior quando ingerida
constantemente por longos perÃodos. As alterações por cronicidade de ingestão estão ligadas ao princÃpio tóxico
mais importante do Pteridium, o ptaquilosÃdeo, um agente cancerÃgeno distribuÃdo por toda estrutura vegetal.
Este atua de forma deletéria quando consumido, tanto in natura quanto seco. Seus brotos e rizomas contêm as
maiores concentrações tóxicas sendo os mais procurados para compor pratos culinários, principalmente no Japão
aonde é comum encontrar brotos em conserva. Estudos demonstraram que este metabólito é liberado no leite de
vacas que pastam constantemente em terrenos com a presença da samambaia. Sabe-se que a liberação no leite se
inicia após 38 horas do consumo da samambaia e cessa somente depois de dois dias sem a ingestão. Assim sendo,
pode ser considerado um agente de importância para saúde pública humana e veterinária. A quantidade de planta
ou leite ingerido é o ponto crucial para estabelecer o desenvolvimento neoplásico a curto ou longo prazo do trato
digestório superior, principalmente esôfago e estômago. Mesmo após o processo de pasteurização, há volume
efetivo de ptaquilosÃdeo para causar danos. Este fato se deve a capacidade do metabólito em alterar
permanentemente genes ligados a apoptose celular e supressão de tumores.
Resumo Inglês:
Pteridium aquilinum or bracken fern, as it is popularly known, is present in most extensive and
semi-extensive farms of the world. Its presence is related to acute intoxication called enzootic hematuria, caused
after ingestion of large quantities in a short time. It is also related to the upper digestive tract cancer when
ingested continuously over long periods. Changes by chronic intake are linked to the most important toxic
principle of Pteridium, the ptaquilosides, carcinogen agents distributed throughout plant structure. It acts
deleteriously when consumed both fresh and dry. His shoots and rhizomes contain the highest toxic
concentrations and it is much wanted for culinary recipes, particularly in Japan where it is common to find
canned shoots. Studies have shown that this metabolite is released into the cow’s milk that often graze on land
with the presence of the fern. It is known that the release in the milk starts after 38 hours of the consumption of
the fern and ends only after two days without eating it. Thus, it can be considered an agent of importance for
human and veterinary public health. The amount of plant or milk intake is crucial to establish tumor development
in the short or long-term upper digestive tract, especially esophagus and stomach. Even after the pasteurization
process, there is effective volume of ptaquilosides to cause damage. This fact is due to the ability of the
metabolite to permanently alter genes linked to apoptosis and suppression of tumors.