Puberdade precoce central: perfil clínico e laboratorial de casos esporádicos e familiares em um centro de referência

Revista de Medicina da UFC

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ISSN: 24476595
Editor Chefe: Renan Magalhães Montenegro Júnior
Início Publicação: 30/11/2014
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Medicina

Puberdade precoce central: perfil clínico e laboratorial de casos esporádicos e familiares em um centro de referência

Ano: 2021 | Volume: 61 | Número: 1
Autores: Mayara Ponte Madeira, Iarley Ítalo Alves de Sousa, Marina Mara de Sousa de Oliveira, Isabelly de Oliveira Pinheiro, Leylane Bernardes Forte, Danielle de Souza Bessa, Rosana Quezado, Eveline Gadelha Pereira Fontenele
Autor Correspondente: Mayara Ponte Madeira | [email protected]

Palavras-chave: Puberdade precoce, Hormˆônio Luteinizante, Hormônio liberador de gonadotrofina

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Objetivos: Analisar as características clínicas e laboratoriais de pacientes com puberdade precoce central (PPC) esporádica e familiar seguidos em um serviço de referência no nordeste do Brasil. Metodologia: Estudo descritivo, com análise retrospectiva dos prontuários, e estudo transversal, com análise de um questionário sobre consanguinidade e história familiar de puberdade precoce. Resultados: Sessenta e duas meninas com PPC foram incluídas. A manifestação inicial de puberdade mais comum foi telarca (73,8%), que se encontrava no estágio M4 de Tanner em 46,2%. A primeira consulta ocorreu aos 7,8 ± 1,0 anos, em média 1,3 ano após o surgimento da telarca. A idade óssea era avançada em 2,2 ± 1,1 anos. História familiar de PPC foi referida em 32,3% dos casos. O grupo de pacientes com PPC familiar apresentou menor idade de menarca materna, maior frequência de parto a termo, maior z-escore da altura inicial e maior hormônio luteinizante (LH) após a 1ª dose do análogo do GnRH que o grupo com PPC esporádica. Conclusões: O presente estudo identificou história familiar de PPC em 1/3 dos casos estudados. Essas pacientes apresentavam um perfil clínico e laboratorial distinto destacando-se a maior altura inicial e maiores valores de LH após estímulo. Estudos genéticos e epigenéticos futuros poderão contribuir para maior compreensão da etiopatogenia da PPC.