Qual Metodologia Utilizar nos Estudos de Teoria Política? Um exame crítico sobre os métodos de Karl Popper e Quentin Skinner

Revista Sul-Americana de Ciência Política

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ISSN: 23175338
Editor Chefe: Bianca de Freitas Linhares e Luciana Ballestrin
Início Publicação: 13/03/2013
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciência política

Qual Metodologia Utilizar nos Estudos de Teoria Política? Um exame crítico sobre os métodos de Karl Popper e Quentin Skinner

Ano: 2019 | Volume: 5 | Número: 2
Autores: André Silva de Oliveira, Rodolfo Silva Marques
Autor Correspondente: André Silva de Oliveira, Rodolfo Silva Marques | [email protected]

Palavras-chave: Metodologia; Teoria Política; Karl Popper; Quentin Skinner

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O uso recorrente da metodologia do historiador inglês Quentin Skinner em trabalhos de teoria política no Brasil aparenta ser consensual e, portanto, isento de críticas, a despeito de sua relativa inadequação aos pressupostos metodológicos da Ciência Política do tempo presente. O artigo objetiva contrapor o método de Quentin Skinner para a análise da história das ideias políticas com o método de lógica situacional sugerido por Karl Popper, tendo como escopo escrutinar a utilidade de cada método para a Ciência Política, notadamente no campo da teoria política. Enquanto o método empregado por Skinner propõe o exame do contexto linguístico dos autores para tentar determinar os significados que atribuíam às suas próprias ideias e à sociedade do seu tempo, Popper sugere a adoção de um método diverso para o qual importa a análise objetiva da ação do ator no contexto social analisado sem desconsiderar seus efeitos ou consequências para as instituições. O argumento conclusivo é que o método proposto por Popper apresenta elementos constitutivos mais consentâneos com a pretensão da Ciência Política contemporânea de alcançar o status de ciência axiologicamente neutra cujos trabalhos são orientados empiricamente para a resolução pragmática de problemas, mesmo quando trata de teoria política ou de história das ideias políticas, bem como enfatiza o papel das instituições e suas “quase-ações” em cada contexto analisado.