O objetivo deste trabalho foi avaliar os aspectos qualitativos de hambúrgueres e linguiças feitos com cortes menos nobres da carcaça de cordeiros alimentados com grãos de girassol e vitamina E. A carne do pescoço e das costelas de 32 cordeiros Ile de France abatidos aos 32 kg de peso corporal foi utilizada na confecção dos processados. Os cordeiros foram divididos em quatro tratamentos com oito animais em cada: C – cana-de-açúcar + concentrado; CG – cana-de-açúcar + concentrado com grãos de girassol; CE – cana-de-açúcar + concentrado com 1000 mg vitamina E/ kg de matéria seca (MS) da dieta e CGE – cana-de-açúcar + concentrado com grãos de girassol e 1000 mg vitamina E/kg de MS da dieta. Observou-se interação entre grãos de girassol e vitamina E (P<0,05) para as variáveis pH, cor, maciez e oxidação lipídica dos hambúrgueres e nos valores de luminosidade, teor de amarelo, capacidade de retenção de água e maciez das linguiças. Nas linguiças constatou-se também, diferença (P<0,05) entre os tratamentos com a inclusão de grãos de girassol na dieta para as variáveis, perdas de peso por cocção, teor de vermelho (a*) e oxidação lipídica, sendo estes dois últimos também influenciados (P<0,05) pela inclusão de vitamina E. Os hambúrgueres feitos com carne dos animais alimentados com a dieta controle (C) tiveram maior pH (5,77) e os hambúrgueres e as linguiças do tratamento CGE tiveram maior valor de a* 9,40 e 8,79 e menor valor de oxidação lipídica 4,42 e 2,15 mg malonaldeído/kg de amostra, respectivamente. A maciez foi maior (0,57 kgf/cm2) nas linguiças provenientes de animais do tratamento CG e menor (0,31 kgf/cm2) nas do tratamento CGE que apresentaram maior PPC (23,03%) em comparação com as linguiças do tratamento em que os animais foram alimentados somente com grãos de girassol (17,21%). A carne de animais alimentados com grãos de girassol e vit. E pode ser utilizada para fabricação de produtos processados. Hambúrgueres e linguiças são boas alternativas de processamento da carne ovina.
The objective of this study was to evaluate qualitative parameters of hamburgers and sausages made with less noble cuts from the carcass of lamb fed sunflower seeds and vitamin E. The processed products were prepared using meat from the neck and ribs of 32 Ile de France lambs slaughtered when the body weight reached 32 kg. Lambs were divided into four treatment groups of eight animals each and fed different diets: SC – sugarcane + concentrate; SCS – sugarcane + concentrate with sunflower seeds; SCE – sugarcane + concentrate containing 1,000 mg vitamin E/kg of dietary dry matter (DM), and SCSE – sugarcane + concentrate with sunflower seeds and 1,000 mg vitamin E/kg of dietary DM. An interaction was observed between sunflower seeds and vitamin E (P<0.05) for pH, color, tenderness and lipid peroxidation of burgers, and for lightness, yellowness, water-holding capacity and tenderness of sausages. Additionally, in sausages, a difference was found (P<0.05) between treatments for cooking loss, redness (a*) and lipid peroxidation with the inclusion of sunflower seeds. The last two parameters were also influenced by the inclusion of vitamin E in the diet (P<0.05). Burgers made with meat from lambs fed the control diet (SC) had a higher pH (5.77), and burgers and sausages of the SCSE treatment had the highest a* value (9.40 and 8.79) and lowest lipid peroxidation (4.42 and 2.15 mg malonaldehyde/kg of sample, respectively). Tenderness was greater (0.57 kgf/cm2) for sausages from animals fed SCS and lower (0.31 kgf/cm2) for sausages of the SCSE treatment. Cooking losses were higher for SCSE sausages (23.03%) compared to sausages from animals fed only sunflower seeds (17.21%). Meat from lambs fed sunflower seeds and vitamin E can be used to make processed products. Hamburgers and sausages are good alternatives for sheep meat processing.