Qualidade de vida de crianças e adolescentes asmáticos: sua relação com estratégias de enfrentamento materno/ Quality of life of asthmatic children and adolescents: relation to maternal coping

Revista Paulista De Pediatria

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Editor Chefe: NULL
Início Publicação: 31/12/1992
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Medicina

Qualidade de vida de crianças e adolescentes asmáticos: sua relação com estratégias de enfrentamento materno/ Quality of life of asthmatic children and adolescents: relation to maternal coping

Ano: 2013 | Volume: 31 | Número: 2
Autores: G. B. Perosa, I. A. Amato, L. M. Rugolo, G. F. Ferrari, M. C. Oliveira
Autor Correspondente: G. B. Perosa | [email protected]

Palavras-chave: qualidade de vida; asma; enfrentamento; criança; adolescente./ quality of life; asthma; coping; child; adolescent.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Objetivo: Avaliar a qualidade de vida de crianças e
adolescentes asmáticos, sua relação com variáveis sociodemográficas e clínicas e estratégias de enfrentamento materno.
Métodos: Estudo transversal no qual crianças e
adolescentes com asma responderam a um questionário de
qualidade de vida, e suas mães a uma escala de enfrentamento.
Resultados: Foram estudadas 42 crianças e adolescentes
com idades entre 7 e 15 anos, sendo 74% classificados
como tendo um quadro de asma persistente moderada/grave, 19% como persistente leve e 7% asma intermitente;
69% dos entrevistados apresentaram prejuízo na qualidade
de vida, com escores médios variando de 4,7 a 3,5 e maior
prejuízo no domínio sintomas (escore=3,6). Houve associação
significativa entre escolaridade materna e índice geral de
qualidade de vida, mas não entre gravidade da asma e tipo
de enfrentamento materno. Grande parte das estratégiasutilizadas pelas mães para enfrentar as crises do filho estava
direcionada ao manejo de estressores ou práticas religiosas,
estas com correlação negativa com o índice geral de qualidade
de vida da criança, sinalizando que mães cujos filhos tinham pior qualidade de vida usavam mais enfrentamentos
religiosos.
Conclusões: Crianças asmáticas, especialmente com
asma persistente moderada/grave, apresentaram alterações
significativas em sua qualidade de vida. A alta porcentagem
de uso de estratégias religiosas por parte das mães,
especialmente frente a quadros mais graves, parece indicar
que elas se sentem impotentes para atuar, necessitando de
orientações concretas e factíveis para uma população
de baixa renda.



Resumo Inglês:

Objective: To evaluate the quality of life of asthmatic
children and adolescents, its relation with sociodemographic
and clinical variables, and maternal coping strategies.
Methods: Cross-sectional study in which children and
adolescents with asthma answered a quality of life questionnaire, and their mothers did the same with a coping scale.
Results: Out of the 42 children and adolescents investigated, 74% were classified as having mild/severe persistent
asthma; 19%, mild persistent asthma; and 7%, intermittent asthma. A total of 69% of the participants showed
impaired quality of life with mean scores ranging between
4.7 and 3.5, with greater harm in the domain of symptoms
(score=3.6). There was a significant association between
maternal schooling and the general index of quality of life,
whereas maternal coping strategies were not associated with
the severity of asthma. A large number of strategies used by
mothers to cope with their children’s crises were related to the
management of stressors or to religious practices, and the
latter presented negative correlation with the children’s
quality of life general index, showing that mothers whose
children had worse quality of life used more religious coping.
Conclusions: Asthmatic children, particularly those with
moderate/severe persistent asthma, showed significant alterations as to quality of life. The high percentage of mothers
using religious strategies, particularly in face of more severe
clinical conditions, seem to indicate that they feel powerless
to act, thus requiring concrete and useful orientation to low
income families.



Resumo Espanhol:

s asmáticos, su relación con variables sociodemográficas,
clínicas y estratégicas de enfrentamiento materno.
Métodos: Estudio transversal en el que niños y adolescentes con asma contestaron un cuestionario de calidad de vida
(PAQLQ-A) y sus madres a una escala de enfrentamiento
(EMEP).
Resultados: Se estudiaron 42 niños y adolescentes con
edad de 7-15 años y, entre ellos, el 74% fueron clasificados
como teniendo un cuadro de asma persistente moderada/
grave, el 19% como persistente y el 7% asma intermitente; el 69% de los entrevistados presentaron perjuicio en la
calidad de vida, con escores medianos variando de 4,7 a 3,5
y mayor perjuicio en el dominio de síntomas (escore=3,6).
Hubo asociación significativa entre escolaridad materna e
índice general de calidad de vida, pero no hubo asociación
entre gravedad del asma y tipo de enfrentamiento materno.
Gran parte de las estrategias utilizadas por las madres para
enfrentar las crisis de los hijos estaba dirigida al manejo de
estresores o prácticas religiosas. Estas últimas con correlación
negativa con el índice general de calidad de vida del niño,
señalizando que madres cuyos hijos tenían peor calidad de
vida usaban más enfrentamientos religiosos. Conclusiones:
Niños asmáticos, especialmente con asma persistente moderada/grave, presentaron alteraciones significativas en su calidad de vida. El alto porcentaje de uso de estrategias religiosas
por parte de las madres, especialmente frente a cuadros más
graves, parece indicar que ellas se sienten impotentes para
actuar, necesitando de orientaciones concretas y factibles para
una población de bajos ingresos.
Palabras clave: calidad de vida; asma; adaptación psicológica; niño; adolescente.