A questão de gênero é apontada como influenciadora do processo de adoecimento, com desafios de conciliação dos papéis da mulher atual. Objetivo: estudar percepção de qualidade de vida de trabalhadoras da saúde no contexto da pandemia de COVID-19, descrevendo dados do cenário vivenciado no processo de enfrentamento institucional. Metodologia: estudo descritivo, com base em atividades de promoção à saúde ocupacional, com adesão exclusivamente feminina, que sofreram modificações com a pandemia. A manutenção das ações ocorreu através de levantamento da qualidade de vida (QV), com questões sociodemográficas associadas ao WHOQOL-Bref da OMS, estruturado em domínios – físico, psicológico, relações sociais e meio ambiente – e oferta de auriculoterapia, caso necessário. Variáveis foram analisadas com teste Kruskal-Wallis, significância de 5% (p < 0,05) e teste de Spearman, aplicado para correlação entre domínios. Resultados: a QV foi tida como regular na amostra de 119 trabalhadoras, com predominância da faixa etária até 60 anos, casadas, sem fatores de risco, com filhos, todos maiores de 18 na maioria. Observou-se: pior média no domínio de meio ambiente (3,29) e melhor no de relações sociais (3,77); correlação positiva principalmente entre os domínios de meio ambiente com físico e de relações sociais com psicológico; menor QV com fatores de risco (3,47); piores domínios físicos até 60 anos (3,51) e com pelo menos um filho menor de 18 (3,41); indiferenças para número de filhos e situação conjugal. Conclusão: é relevante explorar fatores que interfiram na QV de trabalhadoras, considerando diferenças regionais. A área da saúde é predominantemente feminina, estratégias individuais, coletivas e organizacionais devem ser elaboradas a fim de acompanhar o fluxo e oferecer suporte. Acredita-se que questões inerentes ao domínio de relações sociais possam atuar de forma protetiva para outros domínios, contribuindo para adaptações e enfrentamento diante dos desafios.
The gender issue is identified as influencing the illness process, with challenges in reconciling the roles of the women's current scenario. Objective: to study the perception of quality of life of female health workers in the context of the COVID-19 pandemic, describing data from the scenario experienced in the process of institutional confrontation. Methodology: descriptive study, based on occupational health promotion activities, with exclusively female membership, which underwent changes with the pandemic. The maintenance of actions occurred through the survey of quality of life (Q.L.), with sociodemographic questions associated with the WHOQOL-Bref of the OMS, maintained in domains – physical, psychological, social relations and environment – and offer of auriculotherapy if it’s necessary. Variables were followed with KruskalWallis test, significance of 5% (p < 0.05) and Spearman test, applied for therapy between domains. Results: Q.L. was considered regular in the sample of 119 female workers, with a predominance of the age group up to 60 years old, married, without risk factors, with children, most of them over 18. It was observed: worst average in the environment domain (3.29) and best in social relationships (3.77); positive correlation mainly between the domains of environment with physical and social relationships with psychological; lower Q.L. with risk factors (3.47); worst physical domains up to 60 years old (3.51) and with at least one child under 18 (3.41); indifference to number of children and marital status. Conclusion: it is relevant to explore factors that interfere with the Q.L. of female workers, considering regional differences. The health area is predominantly female, individual, collective and organizational strategies must be developed in order to follow the flow and offer support. It is believed that issues inherent to the domain of social relationships can act in a protective way for other domains, contributing to adaptations and coping with challenges.
La cuestión de género es identificada como influyente en el proceso de la enfermedad, con desafíos en la conciliación de los papeles del escenario actual de las mujeres. Objetivo: estudiar la percepción de calidad de vida de las trabajadoras de salud en el contexto de la pandemia de COVID-19, describiendo datos del escenario vivido en el proceso de enfrentamiento institucional. Metodología: estudio descriptivo, basado en actividades de promoción de la salud ocupacional, con adhesión exclusivamente femenina, que sufrió cambios con la pandemia. El mantenimiento de las acciones ocurrió a través de la encuesta de calidad de vida (Q.L.), con preguntas sociodemográficas asociadas al WHOQOL-Bref de la OMS, mantenidas en dominios - físico, psicológico, relaciones sociales y ambiente - y oferta de auriculoterapia si fuera necesario. Las variables fueron seguidas con test de Kruskal-Wallis, significancia del 5% (p < 0,05) y test de Spearman, aplicado para terapia entre dominios. Resultados: Q.L. fue considerada regular en la muestra de 119 trabajadoras, con predominio del grupo de edad hasta 60 años, casadas, sin factores de riesgo, con hijos, la mayoría mayor de 18 años. Se observó: peor promedio en el dominio ambiente (3,29) y mejor en relaciones sociales (3,77); correlación positiva principalmente entre los dominios ambiente con físico y relaciones sociales con psicológico; menor Q.L. con factores de riesgo (3,47); peores dominios físico hasta 60 años (3,51) y con al menos un hijo menor de 18 años (3,41); indiferencia por número de hijos y estado civil. Conclusión: es relevante explorar los factores que interfieren en la Q.L. de las trabajadoras, considerando las diferencias regionales. El área de salud es predominantemente femenina, se deben desarrollar estrategias individuales, colectivas y organizacionales para acompañar el flujo y ofrecer apoyo. Se considera que cuestiones inherentes al dominio de las relaciones sociales pueden actuar de forma protectora para otros dominios, contribuyendo para adaptaciones y enfrentamiento de desafíos.