Este artigo pretende rever a concepção de adolescência como crise necessária, universalmente deflagrada pela puberdade, tal como se difundiu na psicanálise a partir da perspectiva desenvolvimentista. Fazendo uso da perspectiva historiográfica e da retomada da obra freudiana, é possÃvel propor a distinção daquilo que diz respeito ao personagem adolescente, cronológica e sociologicamente determinado, da questão adolescente, que diz respeito a cada sujeito, com quem a psicanálise está comprometida.