Quantificar, padronizar e planejar: registros de câncer e atenção oncológica no Brasil (1960-1980)

Caminhos da História

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ISSN: 2317-0875
Editor Chefe: Ester Liberato Pereira
Início Publicação: 01/01/1996
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas

Quantificar, padronizar e planejar: registros de câncer e atenção oncológica no Brasil (1960-1980)

Ano: 2021 | Volume: 26 | Número: 2
Autores: L. A. Araújo Neto
Autor Correspondente: L. A. Araújo Neto | [email protected]

Palavras-chave: câncer, registros de câncer, quantificação, padronização, Brasil

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo discute o processo de criação dos primeiros registros de câncer no Brasil e os debates sobre quantificação, padronização e planejamento da atenção oncológica relacionados à estruturação desses serviços. Argumento que a trajetória conflituosa dos registros de câncer no país exemplifica a tensão entre uma estrutura conceitual da medicina, em mudança durante a segunda metade do século XX, e a realidade institucional da atenção oncológica. A discussão é circunscrita ao intervalo entre 1960 e 1980, período em que os primeiros registros foram criados em São Paulo e Pernambuco, em 1967, seguidos de outros em Porto Alegre, Fortaleza, João Pessoa e Rio de Janeiro. Além disso, esse intervalo foi marcado pelos debates sobre a importância da notificação e registro dos casos de câncer para a construção de uma política de atenção oncológica eficaz, permitindo visualizar as tensões mencionadas no argumento. O artigo dialoga com os Estudos Sociais da Medicina e a Sociologia da Quantificação, utilizando fontes de caráter técnico, como publicações em periódicos especializados em câncer, relatórios e publicações de instituições médicas e de saúde e documentos institucionais.



Resumo Inglês:

This article discusses the creation of the first cancer registries in Brazil and the debates on quantification, standardization, and planning of cancer care related to the structuring of these services. This conflicted trajectory of cancer registries, I argue, is an example of the tension between a conceptual structure of medicine, changing during the second half of the 20th century, and the institutional reality of cancer care. The discussion is limited to the interval between 1960 and 1980, when the first registries were created in São Paulo and Pernambuco, in 1967, followed by others in Porto Alegre, Fortaleza, João Pessoa, and Rio de Janeiro. Also, this period was marked by debates about the importance of notification and registration of cancer cases for the construction of an effective cancer care policy. The article is based on Social Studies of Medicine and the Sociology of Quantification, using technical sources, such as publications in journals specialized in cancer, reports, and publications from medical and health institutions and institutional documents.



Resumo Espanhol:

Este artículo analiza el proceso de creación de los primeros registros de cáncer en Brasil y los debates sobre la cuantificación, estandarización y planificación de la atención oncológica relacionados con la estructuración de estos servicios. Sostengo que la trayectoria conflictiva de los registros de cáncer en el país ejemplifica la tensión entre una estructura conceptual de la medicina, que cambió durante la segunda mitad del siglo XX, y la realidad institucional de la atención del cáncer. La discusión se limita al intervalo entre 1960 y 1980, período en el que se crearon los primeros registros en São Paulo y Pernambuco, en 1967, seguidos de otros en Porto Alegre, Fortaleza, João Pessoa y Río de Janeiro. Además, este intervalo estuvo marcado por debates sobre la importancia de la notificación y registro de los casos de cáncer para la construcción de una política de atención oncológica eficaz, que permita vislumbrar las tensiones mencionadas en el argumento. El artículo dialoga con los Estudios Sociales de la Medicina y la Sociología de la Cuantificación, utilizando fuentes técnicas, como publicaciones en revistas especializadas en cáncer, informes y publicaciones de instituciones médicas y de salud y documentos institucionales.