Este artigo analisa historicamente o filme Que Bom Te Ver Viva (1989), sob direção de Lucia Murat, que se constitui através do depoimento de oito ex-presas polÃticas aliados a interpretação de Irene Ravache que funciona como o alter ego da autora, também ex-guerrilheira. Em um momento de mudanças de cunho social, polÃtico e econômico, onde a sociedade brasileira estava se reorganizando culturalmente, devido a Anistia e a recente finalização da ditadura militar, as vésperas da primeira eleição presidencial direta pós abertura polÃtica, analisamos como estas mulheres aliam sua vida da militância com a do presente do filme, reintegram-se internamente, na tentativa de criar uma identidade cultural com a sociedade, que visava também se recriar culturalmente, no entanto, renegando este passado e suas heranças mais obscuras.