O Brasil enfrenta uma grave crise ambiental devido às queimadas, cujas CONSEQUÊNCIAS afetam profundamente o meio ambiente e a saúde da população. Em 2024, incêndios atingiram proporções alarmantes, resultando na pior qualidade do ar já registrada na cidade de São Paulo. A poluição gerada agrava riscos à saúde, especialmente em crianças menores de cinco anos, que são mais vulneráveis. Entre os poluentes produzidos pelas queimadas, destaca-se o material particulado inalável fino que penetra profundamente nos pulmões, causando inflamação e aumentando a incidência de doenças respiratórias, como exacerbações da asma, bronquite e de outras doenças respiratórias crônicas, maior probabilidade de pneumonia, resfriados, rinossinusites, traqueítes, adenoamigdalites, conjuntivite, irritabilidade, tosse noturna, anorexia, sensação de cansaço e alterações de sono. Além de comprometer a saúde física, a poluição decorrente das queimadas impacta a saúde mental e cardiovascular, elevando a demanda por serviços de saúde. Também contribui para alterações epigenéticas que podem afetar a saúde ao longo da vida. A crise atual reforça a necessidade urgente de políticas públicas que reduzam as queimadas e protejam os grupos mais vulneráveis, especialmente as crianças. O pediatra tem papel crucial ao monitorar os efeitos da poluição, diagnosticar doenças respiratórias e orientar as famílias sobre medidas preventivas durante picos de contaminação. Além disso, pode ser um defensor de políticas públicas que promovam ambientes mais saudáveis e sustentáveis, garantindo o cuidado adequado às crianças diante desses riscos. Medidas eficazes são essenciais para não caminharmos rumo a um país inabitável.
Brazil faces a severe environmental crisis due to wildfires, whose consequences deeply affect the environment and public health. In 2024, fires reached alarming levels, resulting in the worst air quality ever recorded in São Paulo. The pollution generated exacerbates health risks, particularly for children under five, who are more vulnerable. Among the pollutants produced by the fires, the fine inhalable particulate matter stands out, as it penetrates deeply into the lungs, causing inflammation and increasing the incidence of respiratory diseases, such as asthma exacerbations, bronchitis, and other chronic respiratory conditions. It also heightens the likelihood of pneumonia, colds, sinusitis, tracheitis, tonsillitis, conjunctivitis, irritability, nighttime coughing, anorexia, fatigue, and sleep disturbances. In addition to compromising physical health, pollution from the fires affects mental and cardiovascular health, increasing demand for healthcare services. It also contributes to epigenetic changes that can impact health throughout life. The current crisis highlights the urgent need for public policies that reduce wildfires and protect vulnerable groups, especially children. Pediatricians play a crucial role in monitoring the effects of pollution, diagnosing respiratory diseases, and advising families on preventive measures during contamination peaks. Furthermore, they can advocate for public policies that promote healthier and more sustainable environments, ensuring proper care for children in the face of these risks. Effective measures are essential to prevent us from heading toward an uninhabitable country.