O presete artigo apresenta considerações a respeito das representações que produziram o acarajé como "comida tipica" de um grupo religioso (o candomblé) e de uma localidade (a Bahia). Tais representaçõs são foco de disputa religiosa entre evangélicos e afro-brasileiros, aquecendo o mercado em que há igualmente concorrência da legitimidade em torno do conceito de tradição. Grupos e discursos que utilizam o conceito de "tradição" aparecem como atores no processo do tombamento do quitute como "patrimônio cultural", incrementando as vendas e o turismo cultural em diversos pontos que comercializam a comida por diferentes locais do paÃs, com a "grife" made in Africa ou made in Bahia.