O mais conhecido dos aforismos do Manifesto Antropófago lançava uma questão, Tupi or not tupi?, que terminou por ser obliterada pela sua conversão em lema identitário. O que nos propomos aqui é mapear o quadro de referências no qual ela se insere, os debates nos quais ela intervém, e, especialmente, como ela se conecta a diversas a fontes antropológicas do Manifesto, de maneira a restituir o seu caráter de uma questão eminentemente indígena, um modo de questionar visões e apropriações nacionalistas e identitárias dos povos indígenas.
Tupi or not tupi? the most famous aphorism of Oswald de Andrade’s Manifesto Antropófago, raised a question that ended up being obliterated through its conversion in an identitarian motto. What we propose here is to map the frame of references surrounding the question, the debates that it intervenes in, and especially how it connects to the Manifesto’s various anthropological sources in order to restitute its quality of an eminently indigenous matter and its ability to question identitarian and nationalistic views and appropriations of indigenous people.