Uma série de questões biopolÃticas circunda os processos de criação contemporâneos. O presente artigo busca iluminar percursos investigativos referentes à linha de pesquisa “Processos de Criação nas Diferentes MÃdiasâ€, ao propor aproximações com conceitos como poder, biopoder e biopolÃtica. Pensar essa abordagem de pesquisa implica operar conceitos, métodos e táticas de conexão entre teoria e prática. Optamos por considerar os processos de produção em interfaces e meios variados (internet, espaços públicos, instalações, vÃdeo etc.) que interagem na constituição de narrativas que, devido a sua natureza de convergência, podem ser situadas naquilo que Jenkins (2008) denominou transmidiáticas. Nossa discussão se inicia em uma revisão sobre biopolÃtica. Nesse cenário, contrapontos com questões como biopoder, controle, vida e resistência podem desvelar a potência instauradora que permeia os processos criativos. Os estudos de biopolÃtica partem do conceito proposto por Foucault e avançam nos desdobramentos desenvolvidos por Hardt e Negri, Agamben, Lazzarato e a leitura ensaÃstica de Pelbart. Em seguida serão apresentadas obras que tratem dessas questões. Os estudos de caso serão abordados com uma visão processual, em rede e em constante transformação (Salles, 2006).
Biopolitical issues in transmedia creation processes – A series of biopolitical issues surrounds contemporary creative processes. This article seeks to shed light on investigative paths related to the line of research “Creative processes in different media†through approximations with concepts such as power, biopower and biopolitics. This research approach involves concepts, methods and tactics of connection between theory and practice. We have chosen to consider the processes of production in various media and interfaces (Internet, public spaces, installations, video etc.) that interact in the creation of narratives, which, due to their convergence, can be situated in what Jenkins calls transmedia (2008). Our discussion starts from a review of biopolitics. In this scenario, contrasts with issues such as biopower, control, life, and resistance can reveal the instaurational power that permeates the creative processes. The studies are based on the concept of biopolitics proposed by Foucault and on the further developments by Hardt, Negri, Agamben, Lazzarato and Pelbart. Next, we present works that address these issues. The case studies will be discussed from a processual standpoint, networked and constantly changing, as presented by Salles (2006).