Ao considerar o que confere nova atualidade à Teologia da Libertação (TdL), o autor destaca o conflito teórico silencioso entre os teólogos da libertação, que perpassa a história desse movimento teológico; o projeto do papa Francisco de “uma Igreja pobre para os pobres†que reatualiza as intuições que estão na base da TdL; a participação dos crentes de diferentes tradições nas lutas por justiça no mundo e que torna urgente o desenvolvimento de teologias da libertação. A partir deste contexto ele se propõe a tratar de algumas questões que dizem respeito aos fundamentos epistemológicos da TdL: espiritualidade e eclesialidade, interesse e orientação práxicos e lugar social. É ressaltado também a complexidade práxico-teórica do que se convencionou chamar de TdL. De acordo com o autor, dessas questões acima mencionadas, o lugar social da teologia é, deveras, o aspecto mais conflitivo, embora seja o mais bÃblico, mais profético e mais eficaz da TdL. Enfim, são indicados alguns desafios atuais para a TdL, desafios concernentes a seu estatuto teórico-teológico.