Tendo em vista que o filme documentário, enquanto gênero cinematográfico, apresenta em sua composição diegética um teor de verdade no que é dito (a própria mensagem fÃlmica), ou seja, é estabelecido entre o espectador e o cinema uma relação em que as imagens são postuladas como perfeitas reconstituições da realidade – no nosso caso, reconstituições históricas – é proposto que se discuta a relação cinema-história tendo como objeto de análise o filme Rádio Auriverde, de Sylvio Back. Diante da construção imagética que o diretor propôs no documentário, em que a ficção e a realidade se mesclam. Rádio Auriverde pode ser interpretado como uma (re) afirmação histórica, enquanto manifestação artÃstica, a respeito da participação da FEB (Forças Expedicionárias Brasileiras) na Segunda Guerra Mundial. Aqui o cinema questiona a História, apresenta um novo ponto de vista.