As raízes africanas de uma doença brasileira – o banzo em Angola nos séculos XVII e XVIII

Ponta de Lança

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ISSN: 1982-193X
Editor Chefe: Antônio Fernando de Araújo Sá
Início Publicação: 30/09/2007
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: Geografia, Área de Estudo: História, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Artes, Área de Estudo: Letras, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

As raízes africanas de uma doença brasileira – o banzo em Angola nos séculos XVII e XVIII

Ano: 2018 | Volume: 12 | Número: 23
Autores: Kalle Kananoja
Autor Correspondente: Kalle Kananoja | [email protected]

Palavras-chave: Banzo - Angola - Mundo atlântico - tráfico de escravos - história da medicina

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo examina a doença do banzo ou melancolia no mundo atlântico português. O banzo surgiu no fim do século XVII em Angola, de onde o conceito se espalhou para o Brasil e Portugal. Inicialmente, era visto como uma doença mental que poderia ser contraída por qualquer pessoa, mas na segunda metade do século XVIII ela se transformou em uma doença dos negros. Esta transformação foi mais evidente nos escritos do médico português Francisco Damião Cosme, cujo manuscrito sobre as doenças da África Central tratou do banzo em detalhe. As respostas dramáticas dos escravos a sua condição, como o suicídio e o infanticídio, foram tratadas frequentemente na historiografia como formas de resistência dos escravos, mas este artigo sugere que, no estudo da escravidão, os historiadores poderiam enfocar mais as questões de saúde mental do que a resistência.