Racial disparities in access to transplant for multiple myeloma: reflections on the Brazilian healthcare system with local data

Revista Uningá

Endereço:
Rodovia PR-317 - 6114 - Parque Industrial 200
Maringá / PR
87035510
Site: http://revista.uninga.br/index.php/uninga/about
Telefone: (44) 3033-5009
ISSN: 2318-0579
Editor Chefe: Isaac Romani
Início Publicação: 01/01/2004
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Ciências Biológicas, Área de Estudo: Ciências da Saúde

Racial disparities in access to transplant for multiple myeloma: reflections on the Brazilian healthcare system with local data

Ano: 2025 | Volume: 62 | Número: Não se aplica
Autores: J. V. P. Feliciano, C. A. Pereira, G. C. B. Neves, I. C. Oliveira, T. Macedo, G. S. B. Barbosa, G. Savi
Autor Correspondente: J. V. P. Feliciano | [email protected]

Palavras-chave: Acesso aos serviços de saúde, fatores raciais, mieloma múltiplo, transplante de células-tronco hematopoéticas

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O mieloma múltiplo (MM) é uma neoplasia cujo tratamento pode incluir o transplante de células-tronco hematopoéticas (TCTH). A literatura aponta desigualdades raciais no acesso ao TCTH, mas há poucas informações sobre essa questão no Brasil. O estudo objetivou analisar a composição racial de pacientes submetidos ao TCTH autólogo para mieloma múltiplo em um único centro no Brasil, discutindo o acesso ao tratamento. Foi realizada uma revisão retrospectiva dos TCTH realizados entre 2014 e 2022 em um centro acadêmico no Brasil. Os pacientes foram categorizados conforme o IBGE: brancos, pardos e pretos. Foram avaliadas variáveis como idade no momento do transplante e procedência por macrorregião. Os dados foram apresentados em estatística descritiva. Foram incluídos 130 pacientes: 106 brancos (81,5%), dez pardos (7,7%) e 14 pretos (10,8%). Quanto ao sexo, 71 eram homens (54,6%) e 59 mulheres (45,4%), sem diferenças significativas entre os grupos raciais. A mediana de idade dos brancos foi de 60 anos e a dos pretos e pardos foi de 53 anos. Entre os subgrupos, os brancos do Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste representaram 76,4%, 17% e 2,8%, respectivamente, enquanto pretos e pardos representaram 62,5%, 12,5% e 20,8%. Este estudo identificou maioria branca entre pacientes submetidos a TCTH para o manejo do MM em um único centro. É essencial aprofundar a análise dessas diferenças, pois esses achados podem refletir fenômenos do sistema de saúde brasileiro. Discutir essa questão é crucial para entender melhor o acesso ao transplante, considerando fatores que contribuam para a desigualdade nesse grupo de pacientes vulneráveis.



Resumo Inglês:

Multiple myeloma (MM) is a neoplasia whose treatment may include hematopoietic stem cell transplantation (HSCT). The literature points to racial disparities in access to HSCT, but information on this issue is scarce in Brazil. This study aimed to analyze the racial composition of patients subjected to autologous HSCT for multiple myeloma in a single Brazilian center, discussing access to treatment. A retrospective review was conducted considering HSCTs performed between 2014 and 2022 at a Brazilian academic center. The categorization adopted by the IBGE was used for white, pardo, and black patients. Variables such as age at the time of transplant and region of origin were evaluated. Data were presented through descriptive statistics. A total of 130 patients were included: 106 white (81.5%), ten pardo (7.7%), and 14 black (10.8%). 71 were men (54.6%) and 59 were women (45.4%), with no significant differences among racial groups. The median age was 60 years for white and 53 years for black and pardo patients. Among the subgroups, white individuals from the Southeast, Midwest, and Northeast regions represented 76.4%, 17%, and 2.8%, respectively, while black and pardo patients represented 62.5%, 12.5%, and 20.8%. This study identified a white majority among patients subjected to HSCT for MM management in a single center. A deeper analysis of these differences is essential, as these findings may reflect phenomena within the Brazilian healthcare system. Discussing this issue is crucial for better understanding access to transplantation in light of factors that contribute to inequality in this vulnerable patient group.