A abordagem dominante no estudo das redes de organizações tem privilegiado os elementos estruturais, tanto na vertente econômica quanto na sociológica. Os aspectos relacionais têm sido considerados ou de forma tangencial, ou como empecilhos à eficiência no desempenho dos arranjos. Conflitos internos têm sido tratados como ruÃdos ou como disfunções que devem ser combatidas através de uma estrutura de “governançaâ€. Ou seja, buscando “ver†a rede como uma forma estrutural – ou um mecanismo – tem-se deixado de ver aspectos importantes e fundamentais para a vida social e organizacional. Na análise teórico-empÃrica realizada no presente estudo, assume-se o desafio de tentar compreender as redes em movimento. Toma-se como referência uma pesquisa empÃrica em uma rede de pequenos varejos familiares do Rio Grande do Sul. Analisa-se o significado das transformações ocorridas a partir da adesão a esta rede – as razões de ingresso e permanência; as resistências explÃcitas e implÃcitas; enfim, as consequências da inserção de um empreendimento familiar na dinâmica da competição capitalista.