O artigo analisa algumas crÃticas negativas feitas ao pensamento teológico de Karl Rahner, após sua morte, que tentam desqualificar a sua importância para a ortodoxia católica e o seu distanciamento dos fundamentos do ConcÃlio Vaticano II. Na discussão, enfocada sobretudo no ponto de vista da eclesiologia rahneriana, retoma importante entrevista do mesmo, no ano de sua morte, na qual aparece a sua preocupação com as chances futuras da Igreja, sobretudo na Europa Ocidental, a partir da qual abordam-se as relações entre Cristianismo e Igreja. As estratégias para a organização pastoral do mundo católico são a tônica desta reflexão. Para justificar suas posturas, o artigo termina com uma avaliação global de todo o conjunto teológico de Karl Rahner, redescobrindo nele os pilares mais fundamentais que justificam sua ortodoxia a serviço da fé cristã e católica, mas também a serviço da tomada de consciência de uma fé vivenciada e comprometida por parte da humanidade marcadamente secularizada.