Este artigo mostra os desdobramentos das reflexões de
Jacques Rancière em torno da relação entre polÃtica e estética no
domÃnio especÃfico da imagem. Trata-se de mostrar em que sentido
as imagens se articulam politicamente em sua circulação social. Nas
duas primeiras partes, expõe-se a crÃtica de Rancière a dois modos
de se colocar a relação entre imagem e polÃtica: por um lado, a ideia
de que a própria imagem seria nociva à polÃtica; por outro, a
consideração de que o elemento polÃtico da imagem estaria no
conteúdo que ela apresenta. Por fim, pretende-se mostrar que, para
o pensador francês, a politicidade das imagens deve ser encontrada
em um regime determinado de articulações de seus elementos e
funções que ele chama de “regime de imagéitéâ€. Como conclusão,
serão discutidas as consequências da passagem de um regime a
outro, a saber, do regime representativo ao regime estético.