A ideia de universidades que sejam mais qualificadas que outras sempre esteve presente na estratificação dos sistemas de Ensino Superior. Enquanto no topo da hierarquia das instituições
universitárias estão as universidades de ponta, isto é, universidades consideradas detentoras de maior
prestÃgio e reputação, nos escalões inferiores podem ser encontradas as instituições que procuram
democratizar e universalizar o acesso à Educação Superior. O texto primeiramente argumenta que, atualmente, quando se reflete acerca do Ensino Superior mundial, o prestÃgio das instituições universitárias
está sendo cada vez mais definido pelas publicações dos sistemas de ranqueamentos nacionais e internacionais. A seguir, apresenta-se uma história do processo de implantação e evolução dos instrumentos de ranqueamento de instituições universitárias e da transição do modo de produzir reputação universitária. Enquanto no passado a reputação era avaliada por um processo de acumulação de prestÃgio repassado pela tradição sem a confirmação de dados para oferecer suporte à s percepções, hoje esse processo é quantificado e sistematizado a partir da introdução de instrumentos que pretendem mensurar o desempenho institucional. Finalmente, o texto explora as implicações dos sistemas de ranqueamento e conclui oferecendo uma reflexão acerca dos fetiches gerados por esses instrumentos de divulgação e comparação de desempenho universitário.
The concept of a group of universities being better qualified than others has always existed within the stratification of higher education systems. Whereas at the top of the higher education hierarchy
are first class universities, or rather, universities with the highest prestige and reputation, the institutions that provide democratic and universal access to higher education may be found at lower levels. Current essay argues that higher education reputation is being defined increasingly by national and international ranking systems. It also provides a history of the establishment and development of ranking instruments for higher education and highlights the transition towards a production of university reputation. Whereas in the past reputation was evaluated through a process of prestige accumulation and tradition, without the confirmation of any foregrounding data, this process is currently quantified and systematized by the introduction of tools to measure the institutions’ performance. The ensuing discussion also identifies the implications of the ranking system and identifies myths produced by these instruments that broadcast and compare university performance.