REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR: DO IMOBILISMO NO LEITO À PRESCRIÇÃO DE TREINAMENTO FÍSICO PRECOCE

Jornal de Ciências Biomédicas e Saúde

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ISSN: 2446-9661
Editor Chefe: George Kemil Abdalla
Início Publicação: 31/05/2015
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Biológicas, Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Educação física, Área de Estudo: Enfermagem, Área de Estudo: Farmácia, Área de Estudo: Fisioterapia e terapia ocupacional, Área de Estudo: Fonoaudiologia, Área de Estudo: Medicina, Área de Estudo: Nutrição, Área de Estudo: Odontologia, Área de Estudo: Saúde coletiva

REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR: DO IMOBILISMO NO LEITO À PRESCRIÇÃO DE TREINAMENTO FÍSICO PRECOCE

Ano: 2015 | Volume: 1 | Número: 2
Autores: Denise Mayumi Tanaka
Autor Correspondente: D. M. Tanaka | [email protected]

Palavras-chave: Editorial; JCBS

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Segundo a Organização Mundial da Saúde, a Reabilitação Cardiovascular (RCV) é o “conjunto de atividades necessárias para assegurar às pessoas com doenças cardiovasculares condição física, mental e social ótima, que lhes permita ocupar pelos seus próprios meios um lugar tão normal quanto seja possível na sociedade”.
Em meados da década de 40, era recomendado que pacientes após eventos coronarianos permanecessem em repouso por 6-8 semanas e a evolução clínica do infarto agudo do miocárdio era considerada irreversível. Os primeiros relatos sobre a mobilização precoce intra-hospitalar e retorno a atividade laborativa em pacientes pós insuficiência coronária datam de 1950 a 1960. No entanto, somente no período de 1960 a 1977 surgiram os primeiros relatos sobre a redução de 20-30% da capacidade funcional em pacientes imobilizados no leito e constatou-se a necessidade de 9 semanas de treinamento físico para retorno a capacidade física prévia ao evento. Diante disso, implementou-se os programas de RCV, com recomendação para prescrição de exercícios precoces e surgiram numerosos programas supervisionados, posteriormente à confirmação da melhora da capacidade aeróbia, da função cardiovascular e qualidade de vida de maneira segura em pacientes pós infarto agudo do miocárdio.
Os programas de RCV foram criados inicialmente para portadores de doença arterial coronária, no entanto, atualmente, abrange pacientes com hipertensão arterial, pacientes pré e pós cirurgia de revascularização e angioplastia, doença arterial periférica, reparação ou troca valvular, cardiopatia congênita, particularmente na sua fase pós-operatória e, mais recentemente, tem sido crescente sua aplicação na insuficiência cardíaca e transplante cardíaco.
Nos últimos anos, foram descritos inúmeros benefícios do exercício regular para portadores de cardiopatia, como melhora da capacidade funcional e, principalmente, da qualidade de vida. Desde então muitos progressos foram realizados quanto a aplicação e formas de implementar programas multidisciplinares. Atualmente é consenso a importância do encaminhamento de pacientes a programas de RCV. Desta forma, essa abordagem, somada a medidas de prevenção primária e secundária, pode contribuir para modificação de hábitos de vida e evolução da doença.
Assim, o propósito deste número do Jornal de Ciências Biomédicas e Saúde é que os leitores possam ser contemplados com publicações de evidencias sólidas que possam contribuir tanto para as práticas clínicas, como para pesquisa.