Rebalanceamento da Estrutura de Capital: Endividamento Setorial e Folga Financeira

RAC - Revista de Administração Contemporânea

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ISSN: 19827849
Editor Chefe: Marcelo de Souza Bispo
Início Publicação: 31/12/1996
Periodicidade: Bimestral
Área de Estudo: Administração

Rebalanceamento da Estrutura de Capital: Endividamento Setorial e Folga Financeira

Ano: 2015 | Volume: 19 | Número: Especial
Autores: A. L. S. Campos, W. T. Nakamura
Autor Correspondente: A. L. S. Campos | [email protected]

Palavras-chave: estrutura de capital; folga financeira; rebalanceamento.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Admitindo-se um modelo em que o endividamento das empresas é fortemente influenciado pelo lado da oferta de
recursos pelo fato de os credores e investidores (usuários do CAPM e de múltiplos de mercado) avaliarem sua
exposição e nível de risco em bases relativas (empresas similares). Esse comportamento induz a estrutura de
capital-alvo das empresas ao endividamento mediano do setor, restando aos gestores apenas gerenciar sua estrutura
de capital em torno desse valor (folga financeira). Como objetivo, investigou-se o papel da folga financeira,
avaliada como uma medida de endividamento relativo, e do endividamento setorial sobre o rebalanceamento da
estrutura de capital das empresas. Para tanto, utilizou-se uma amostra inicial de empresas americanas com 32.309
observações-ano para estimar as medianas setoriais de 64 setores e uma subamostra de 5.380 observações,
representando ainda 58 setores, para a construção de um painel balanceado por um período de 20 anos. Os
resultados do painel dinâmico para o endividamento contábil indicam que o endividamento da empresa tende a
acompanhar o endividamento setorial, porém tendem a reverter sua tendência em um período de dois anos. A
velocidade de reversão está associada à folga financeira, ou seja, empresas mais distantes do endividamento
mediano do seu setor convergem mais rapidamente.



Resumo Inglês:

We assume a model in which a firm’s indebtedness is strongly influenced by a fund’s supply side because creditors
and investors (users of CAPM and market multiples) assess their exposure and risk level at relative bases (similar
companies). This behavior induces firms’ capital structure targets towards the industry debt median, so managers
can just manage capital structure around this value (financial slack). We investigated the role of financial slack,
assessed as a measure of relative indebtedness, and industry debt in capital structure rebalancing. We used an
initial sample of 32,309 US firm-year observations to estimate the industry median of 64 industries and a
subsample of 5,380 observations in 58 industries used to construct a balanced panel for a period of 20 years. The
results of the dynamic panel for book leverage indicate that a company’s indebtedness tends to follow industry
indebtedness, but tends to reverse its trend in a period of two years. Reversion rate is associated with financial
slack, i.e., companies farthest from the median debt in an industry converge faster.