Este artigo problematiza a execução da política pública do sistema socioeducativo, sobretudo a ramificação das facções criminosas nos centros educacionais de Fortaleza-CE. Com a denominada crise do sistema socioeducativo, a partir da década de 2000, houve uma reconfiguração da dinâmica nas unidades de internação, acentuada pela ramificação das facções criminosas. Essa política pública deveria, a partir de um conjunto de ações, garantir um processo de responsabilização do ato infracional, porém, o contexto dessas unidades se apresenta de forma violenta, via assassinato de jovens internos, constantes rebeliões, ameaças e torturas. Tal contexto intensifica a perspectiva de punição nas unidades de internação. Para a construção deste estudo, optou-se pela metodologia qualitativa, com uso de diário de campo e observação participante em um centro educacional no Município de Fortaleza.
This article addresses the execution of the socio-educational system as a public policy, mainly the branch of criminal organizations in the educational centers in Fortaleza, Ceará, Brazil. With the so-called crisis of the socio-educational system, from the 2000s on, there was a reconfiguration of dynamics in the confinement centers, accentuated by the branch of criminal organizations. Such a public policy should, based on a set of actions, guarantee an accountability process towards minor or major infractions, but the context of these centers is shown violently, through the murder of young inmates, constant rebellions, threats, and torture. Such a context intensifies the punishment perspective in confinement centers. For constructing this study, a qualitative methodology has been chosen, by using field diary and participant observation in an educational center in the City of Fortaleza.