O presente artigo tem a finalidade de discutir acerca da temática das rebeliões prisionais, especialmente aquelas que não apresentam em seu bojo quaisquer pautas reivindicatórias — isto é, aquelas que não passam de caos e desordem generalizada. De acordo com o estudo realizado, é possível constatar a íntima conexão entre tais rebeliões e a cultura da violência, marginalização e invisibilização que parte de uma Sociedade amedrontada e é canalizada pela ação atroz de um Estado punitivista que traz como premente solução o encarceramento e o ostracismo penitenciário, por meio da aplicação massificadora da pena privativa de liberdade. Sendo assim, acaba por desembocar num superencarceramento e fomentando a (re)produção de um ambiente em que massacres cada vez mais violentos tornam-se comuns, banalizados, deixando em evidência que a grave crise que o sistema prisional brasileiro sofre é parte de uma problemática sistêmica e, portanto, muito mais ampla.
The following article intends to discuss about the prison riots, specially those that does not icludes any reivindication — is only about caos and disorder. According to the study that was made, is possible to see the conection between those riots and the culture of violence and marginalization that comes from a Society full of fear and it’s canalized by the violent actions of the State, that brings the encarceretion as the firt solution of the problem. And by doing so, ends up in (re)producing an environment were brutal massacres are much more common and banalized, showing that the serious crisis that the brazilian prisional system is sufferng is part off a sistematic problem and it’s bigger than it loks like.