O tema da sinceridade está intimamente relacionado
com a subjetividade moderna e ao gênero autobiográfico
iniciado, na filosofia, por Rousseau. Os pressupostos deste
conceito serão apresentados brevemente para que possamos
perceber o ressurgimento da sinceridade no contexto das teorias
culturais pós-modernas de Lionel Trilling e de Charles Taylor.
Das aulas de Trilling entre 1969 e 1970, publicadas sob o tÃtulo
de Sinceridade e autenticidade em 1972, Ã palestra de Taylor
intitulada Ética da autenticidade, publicada em 1995, há uma
considerável manifestação artÃstica, na literatura, música, artes
visuais e cinema, em torno da sinceridade e da autenticidade.
A reconfiguração do conceito moderno de sinceridade e seu
desdobramento como autenticidade, transforma o termo
“autêntico†nas artes, conferindo-lhe uma acepção moral.
Propomos, neste artigo, investigar o desdobramento do conceito
de autenticidade com valor moral e não apenas artÃstico.
Sincerity is closely related to modern subjectivity
and to the autobiographical genre, started in philosophy by Rousseau. The assumptions of this concept will be briefly
presented in order to search for the resurgence of sincerity in the
context of the postmodern cultural theories of Lionel Trilling and
Charles Taylor. From Trilling’s Harvard lectures, between 1969
and 1970, published two years later as Sincerity and Authenticity,
to Taylor’s conference entitled Ethics of Authenticity, published in
1995, there is considerable artistic expression in literature, music,
visual arts and cinema concerned with sincerity and authenticity.
The reframing of the modern concept of sincerity as authenticity
transforms the term “authentic†in the arts, giving it a moral
sense. We propose in this article to investigate the unfolding of
the concept of authenticity with moral and not only artistic value.