Reconhecimento e conduta de cirurgiões-dentistas diante de maus-tratos em crianças e adolescentes

Revista Pró-UniverSUS

Endereço:
Av. Exp. Oswaldo de Almeida Ramos, 280 - Bloco 03, 2º Pavimento - Centro
Vassouras / RJ
27700000
Site: http://editora.universidadedevassouras.edu.br
Telefone: (24) 2471-8372
ISSN: 21798931
Editor Chefe: Marilei de Melo Tavares e Souza
Início Publicação: 30/11/2010
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Enfermagem, Área de Estudo: Odontologia, Área de Estudo: Saúde coletiva

Reconhecimento e conduta de cirurgiões-dentistas diante de maus-tratos em crianças e adolescentes

Ano: 2019 | Volume: 10 | Número: 1
Autores: de Paula, ACF; de Carvalho, BO; Fróes, DTC; Ferreira, GSF; Pinto, RA; Santa-Rosa, TTA
Autor Correspondente: Santa-Rosa, TTA | [email protected]

Palavras-chave: Abuso infantil, Adolescentes; Cirurgião-dentista.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este estudo objetivou identificar tipos de maus-tratos mais prevalentes incorridos contra crianças e adolescentes, características indicativas de maus-tratos observadas durante atendimento odontológico, além de descrever a conduta do cirurgião-dentista frente a esses casos. Os trabalhos científicos foram selecionados a partir da Biblioteca Virtual de Saúde; 24 artigos atenderam aos critérios pré-definidos. Um manual sobre notificação de maus-tratos infantis do Ministério da Saúde Brasileiro, e texto da Lei 8.069 também foram revisados. Observou-se que maus-tratos contra crianças e adolescentes comumente se manifestam em negligência, abusos físicos, sexuais e psicológicos. Ademais, constatou-se que o cirurgião-dentista pode exercer importante papel na identificação de maus-tratos infanto-juvenis, já que a maioria das lesões físicas oriundas de maus-tratos envolvem cabeça, pescoço e boca. Com base no Estatuto da Criança e Adolescente, o cirurgião-dentista é obrigado a identificar e notificar casos suspeitos de maus-tratos, encaminhando-os para o Conselho Tutelar. No entanto, notou-se inabilidade de cirurgiõesdentistas com relação ao diagnóstico e notificação. A subnotificação de casos de maus-tratos dificulta o dimensionamento epidemiológico do problema e consequente desenvolvimento de programas e ações para seu enfrentamento. Acredita-se que inserir o assunto “maus-tratos infanto-juvenis” nos projetos pedagógicos dos cursos, bem como divulgar práticas de notificação e conduta, contribuirão para erradicação desses maus-tratos.



Resumo Inglês:

This study aimed to identify: more prevalent types of maltreatment perpetrated against children and adolescents; suggestive features of maltreatment observed during dental treatment and to describe the attitudes of dentists towards these cases. The scientific works was selected from Virtual Health Library; 24 articles met the criteria. A manual about children maltreatment published by Brazilian Health Ministry and the text of the law 8.069 were also revised. It was observed that maltreatments against children and adolescents are expressed on neglect, physical, sexual and psychological abuse. Besides, it was found that dentist can play an important role in identifying maltreatment against children and adolescents, once many physical lesions coming from maltreatment involves head, neck and mouth. According to Adolescent and Child Statute, dentists are obligated to identify and notify suspected cases of maltreatment, referring them to Tutelary Council. However, dentists show inability in relation to diagnosis and notification of maltreatment cases. Underreporting maltreatment cases difficult epidemiological sizing of the problem and hence the development of programs and actions to face it. The authors believe that inserting the subject “children and adolescents maltreatment” on the courses pedagogical projects, besides propagating training on notification and attitudes can contribute to eradicate maltreatment.



Resumo Espanhol:

El objetivo de este estudio fue identificar: los tipos más frecuentes de maltrato perpetrado contra niños y adolescentes; las características sugerentes de maltrato observadas durante el tratamiento dental y describir las actitudes de los dentistas hacia estos casos. Los trabajos científicos fueron seleccionados de la Biblioteca Virtual en Salud; 24 artículos cumplieron los criterios. También se revisó un manual sobre maltrato infantil publicado por el Ministerio de Salud de Brasil y el texto de la ley 8.069. Se observó que los malos tratos contra niños y adolescentes se expresan sobre negligencia, abuso físico, sexual y psicológico. Además, se encontró que el dentista puede desempeñar un papel importante en la identificación del maltrato contra niños y adolescentes, una vez que muchas lesiones físicas provenientes del maltrato involucran cabeza, cuello y boca. De acuerdo con el Estatuto de los adolescentes y los niños, los dentistas están obligados a identificar y notificar los casos sospechosos de maltrato, remitiéndolos al Consejo Tutelar. Sin embargo, los dentistas muestran incapacidad en relación con el diagnóstico y la notificación de casos de maltrato. La notificación insuficiente de casos de maltrato dificulta el dimensionamiento epidemiológico del problema y, por ende, el desarrollo de programas y acciones para enfrentarlo. Los autores creen que insertar el tema “maltrato de niños y adolescentes” en los proyectos pedagógicos de los cursos, además de difundir la capacitación sobre notificación y actitudes, puede contribuir a erradicar el maltrato.