Separados no tempo e no espaço, Charles Baudelaire e António de Alcântara Machado perceberam suas respectivas cidades, Paris e São Paulo, em cartografias, cronologias e vivências sobrepostas. Essa percepção foi traduzida em ficção, que não apenas procurou abarcar as contradições inerentes à modernidade, como, a partir dessas contradições, construir uma imagem de cidade cujo movimento dialético entre ruas/construções e experiências sociais/subjetivas revelasse os percalços e as potencialidades do existir urbano. Este artigo pretende buscar tais experiências.
Separated in time and space, Charles Baudelaire and António de Alcântara Machado perceived their respective cities, Paris and São Paulo, in cartographies, chronologies and overlapping experiences. This perception was translated into fiction, which not only sought to contain the contradictions inherent to modernity, but, based on these contradictions, to build an image of a city whose dialectic movement between streets / buildings and social / subjective experiences revealed obstacles and potentialities of urban living. This article aims to look for those experiences.