A recusa da família em aceitar o diagnóstico de deficiência de uma criança é um fenômeno que pode ter profundas repercussões no desenvolvimento da criança e na sua inclusão social. A aceitação de um diagnóstico de deficiência não é apenas um ato administrativo; envolve complexas dinâmicas emocionais, sociais e culturais que podem dificultar a aceitação por parte dos pais e demais membros da família. Este artigo se propõe a explorar detalhadamente esses fatores, compreendendo como a recusa afeta tanto a criança quanto a família e propondo estratégias para facilitar a aceitação e garantir o suporte necessário. A recusa em aceitar o diagnóstico pode ser influenciada por diversos fatores. Em primeiro lugar, a negação é uma resposta emocional comum, funcionando como um mecanismo de defesa que protege os pais do impacto imediato da notícia. O medo do estigma social também desempenha um papel crucial, com muitas famílias temendo que a deficiência traga discriminação e exclusão para a criança. A desinformação e os mitos sobre deficiências alimentam essas reações, tornando essencial a disseminação de informações precisas e educativas. Além disso, sentimento de culpa e autoacusação podem paralisar os pais, impedindo a busca por ajuda. As influências culturais e as normas sociais também podem contribuir para a recusa, especialmente em contextos em que a deficiência é vista como um tabu.
