Neste texto, de caráter ensaístico, problematizamos as referências à redação escolar como um mero tipo de texto. Nosso objetivo é questionar por que não a assumir, sem receios, como um gênero textual pleno, mesmo considerando as críticas a essa prática coercitiva no ambiente onde circula. A discussão aqui empreendida, pelo viés do linguista aplicado, destaca alguns posicionamentos de estudiosos da linguagem e de pesquisadores do ensino de língua materna, bem como dialoga teoricamente com categorias de duas vertentes discur sivas, a bakhtiniana (responsividade) e a pêcheutiana (posição - sujeito e interdiscuso), observando a fronteira de cada escopo, a fim de deslocar definições que não mais respondem ao funcionamento desse tipo de comunicação, isto é, o mediado pela redação escolar .
In this essay, of an essayistic nature, we problematize references to school composition as a mere type of text. Our objective is to question why not, without fear, assume it as a full textual genre, even considering the criticisms of this coercive practice in the environment where it circulates. The discussion undertaken here, from the perspective of the applied linguist, highlights some positions of language scholars and researchers of the mother tongue teaching, as well as theoretically dialogues with c ategories of two discursive strands, the Bakhtinian (responsiveness) and the Pecheutian (subject - position and interdiscurse), observing the boundary of each scope, in order to displace definitions that no longer respond to the functioning of this type of communication, that is, the one mediated by the school composition.