O texto mostra o processo de gestação de um novo modo de produção e distribuição cultural na
periferia dos grandes centros urbanos, e que redunda em uma mudança de ordem política fora das
esferas consensuais em que se pensa a política e o poder. Os casos estudados – os exemplos se referem
a experiências e movimentos da periferia do Rio de Janeiro – desenvolvem-se, em geral, fora de
qualquer ingerência do mercado ou do Estado; alimentam-se das novas tecnologias de informação e
comunicação; neles a autonomia dos grupos e processos colaborativos são centrais e devem ser
pensados na categoria do "trabalho imaterial"; de Negri, Lazzaratto e outros.