As estratégias coletivas de cooperação entre organizações e pessoas constituem uma das principais formas de participação efetiva dos atores sociais na geração de inovações e, consequentemente, na competitividade e crescimento econômico de empresas, regiões e paÃses. A crescente importância dos aglomerados de inovação e das alianças e redes interorganizacionais reforça a relevância da temática do presente estudo, que visa ampliar a compreensão do processo de formação de redes locais e sua contribuição para a geração de inovações. A abordagem adotada privilegia as interações e o intercâmbio de informações e conhecimento entre os atores públicos e privados que estão inseridos nas redes locais. O contexto empÃrico da análise é um estudo de caso do arranjo produtivo local (APL) de malharias de Imbituva, no Estado do Paraná. Os resultados revelaram que as inovações no APL em geral foram pouco expressivas, e que o seu impacto nas organizações foi bastante limitado. Verificou-se uma relação positiva entre intensidade de interações, propensão a inovar e desempenho dos negócios. Observou-se também que as empresas mais antigas apresentam um padrão mais intenso de interações. A análise de redes evidencia que os aspectos relacionados à inovação e à s interações locais ainda se encontram pouco desenvolvidos, sugerindo a importância de iniciativas que estimulem a inovatividade e a intensificação do aprendizado pela interação com outras empresas e instituições do APL.