Neste artigo, qualifica-se a narrativa curitibana sobre o sucesso do planejamento urbano à luz das complexidades da sua trajetória de desenvolvimento metropolitano. Argumenta-se que o vácuo institucional que cerca as regiões metropolitanas, em geral, e a de Curitiba, em particular, foi agravado pela emergência de um regime reescalonado e competitivo de organização e intervenção do Estado na produção do espaço, que consolidou um sistema fragmentado e localista de governança urbano-regional. Apresentam-se evidências preliminares dos desafios enfrentados nesse regime quanto à articulação de estratégias socioespaciais, econômicas e ambientais na direção de um futuro metropolitano mais sustentável.
In this paper, the Curitiba-centered narrative on the success of its urban planning experience, will be qualified in light of the complexities of its metropolitan development trajectory. It will be claimed that the institutional vacuum that surrounds Brazilian metropolitan areas in general, and Greater Curitiba in particular, has been intensified by the emergence of a competitive and rescaled state spatial regime, which has consolidated a fragmented and neolocalist system of governance. Preliminary empirical evidence will be provided on the challenges that are being faced within the new regime in articulating socio-spatial, economic and environmental strategies into the direction of a more sustainable metropolitan future.
Este artÃculo problematiza la narrativa curitibana sobre el éxito de la planificación urbana a la luz de las complejidades de su desarrollo metropolitano. Se argumenta que el histórico vacÃo institucional que caracteriza las regiones metropolitanas en general, y la de Curitiba, en particular, fue agravado por la introducción de un régimen re-escalonado y competitivo de organización e intervención del Estado en la producción del espacio, que consolidó un sistema fragmentado y localista de gobernanza urbano-regional. Se presentan evidencias preliminares de los desafÃos enfrentados por ese régimen en lo que se refiere a la articulación de estrategias socio-espaciales, económicas y ambientales, en la dirección de un futuro metropolitano más sustentable.