O trabalho de rememoração e atualização do passado recente da história política brasileira, através da literatura de testemunho permite-nos o enfrentamento às violações aos direitos humanos a que foram submetidos presos políticos dissidentes do governo ditatorial do Brasil de 1964 - 1985. No uso de forças repressivas pelo exército brasileiro, com o intuito de eliminar e não deixar rastros dos opositores ao governo militar, tortura, mortes e desaparecidos sem paradeiro fazem parte desse capítulo negro e sem reparos. Deste modo, analisamos em Antes do passado, o silêncio que vem do Araguaia (2012), a ausência como atualizadora de memória e ritualização memorial quando ativados por afetividade. Os suportes teóricos utilizado neste artigo são os estudos sobre memória, de Aleida Assmann (2011); os pressupostos sobre história e memória, de Pierre Nora (1993); e as abordagens sobre rememoração, de Jeanne Marie Gagnebin (2014).
The work of remembering and updating the recent past of Brazilian political history, throughout the testimonial literature, allows us to face the violations of human rights to which political prisoner’s dissidents of the dictatorial government of Brazil (1964-1985) were subjected. In the use of repressive forces by the Brazilian’s army, with the aim of eliminating and not leaving any traces of opponents of the military government, torture, deaths and missing people without whereabouts are part of this dark and unrepaired chapter In this way, we analyze, in Antes do passado, o silêncio que vem do Araguaia (2012), the absence as a memory updater and memorial ritualization when activated by affectivity. The theoretical support used in this article are the studies on Memory, by Aleida Assmann (2011); Studies on History and Memory, by Pierre Nora (1993); and studies on Remembrance, by Jeanne Marie Gagnebin (2014).