Este artigo parte da hipótese da virada de postura intelectual e escritural que Roland Barthes operou na década de 1960. Acreditamos que essa virada esteja ligada a uma nova maneira de Barthes se colocar em sua escritura, de incidir subjetivamente em sua produção, ligando a atividade acadêmica, profissional, a um trabalho de inscrição de subjetividade. Este trabalho pretende seguir algumas pegadas de modo a recompor o caminho trilhado por ele nesse período de 1961 a 1971-1972, no marco da década, de maneira específica o Seminário “10 anos de Semiologia – A teoria do Texto, oferecido na École pratique des hautes études. A fim de efetuarmos tal análise, propomos refazer parte do trajeto empreendido por Barthes através da leitura de trechos de alguns textos, tais como os Elementos de Semiologia, Ensaios Críticos, A Aventura semiológica, Rumor da Língua e do seminário sobre Sarrasine de Balzac.
This paper is based on the hypothesis of Roland Barthes’ intelectual and writing uprising effected in the 1960s. We argue that this shift is related to a new way of Barthes to inscribe himself in writing, to project subjectively in his own production, connecting his academic and professional activity to a subjective incription work. This paper intends to follow some prints in order to go over Barthes’ track during the period of 1961-1971-72, specially the Seminar “10 years of Semiology – The Theory of Text”, proposed by him to mark a decade of Seminars at the École pratique des hautes études. In order to proceed with the analysis we propose to retrace the path made by Barthes trough the reading of some texts, such as Elements of Semiology, Critical Essays, The Semiotic Challenge, The Rustle of Language and the Sarrasine de Balzac seminar.
