É premente a necessidade de reflexão quanto o aumento da violência dentro das instituições de ensino, especialmente contra os professores, visto que, diariamente, estes são vitimados por alunos, pais e outros colaboradores da educação. Trabalhar em um ambiente violento faz com que o professor reflita a respeito da própria pratica docente, sendo obrigada, muitas vezes, a adaptar-se aquele ambiente hostil e violento visto a necessidade de conservação do seu emprego. Devido aos dados alarmantes de violência em sala de aula, surge à necessidade de buscar novos instrumentos de controle social referido ao comportamento em comento, bem como, a conveniência da busca da via judicial para a aplicação de reprimendas adequadas aos agressores, como forma de possibilitar a reeducação dos mesmos. Mais do que nunca, as instituições de ensino privadas, na atualidade, estão entregues à lógica liberal; logo. Diretores autodenominam-se "gestores escolares", alunos "são vistos e respeitados como clientes" educação é definido como um mero “serviçoâ€. Desse modo, temos o seguinte quadro: o contratante desse serviço é o aluno e, segundo a lei do comércio, "cliente sempre tem razão". Será possÃvel estabelecer, nesses parâmetros, uma relação pedagógica saudável entre professor e aluno? O professor, nesse contexto, é destituÃdo de autoridade e autonomia, e essa lacuna dá margem para que o aluno, sua famÃlia, em sala de aula, no espaço da escola ou fora dela, arbitre sobre o que é justo ou injusto. A violência é, assim, relativizada em seu valor de transgressão, e seus autores não se sentem transgressores. Acreditamos, diante do exposto, que além dos fatores externos, a desconstituição da autoridade dos professores e a ingerência dos alunos na administração das escolas são fatores pontuais para inferir num comportamento inadequado dos discentes em face dos docentes, onde aqueles sempre são colocados como “jovens†e suas atitudes depreciativas e violentas como “brincadeirasâ€.