Este artigo, inspirado nos princípios da autobiografia, expõe inquietações e angústias de uma estagiária, através de algumas descrições das primeiras experiências com a docência. Ao pôr em reflexão o percurso de formação acadêmica, o principal objetivo deste texto é refletir a respeito das inquietações vivenciadas enquanto estagiária sobre o significado das teorias estudadas na universidade e a articulação destas com a realidade escolar no exercício da docência. Dessa maneira, o processo de formação acadêmica é problematizado através de experiências com o estágio e das relações entre as teorias estudadas e a prática pedagógica. Desse modo torna-se possível destacar o significado das teorias educacionais para a formação e atuação docente, levando em consideração a importância da autonomia e da autorreflexão para a compreensão e aprimoramento da formação acadêmica e desenvolvimento profissional, visto que esta precisa provocar o/a estudante a ponderar sobre a construção da identidade profissional que só se dá mediante reflexão. Através disso, aponta para uma necessária atribuição de significado ao estágio como uma possibilidade de estabelecer relações entre o percurso formativo, as teorias educacionais e a realidade escolar. Nessa lógica, as reflexões aqui tecidas estão fundamentadas em autores/as como Freire (1996), Libâneo (2010), Tardif e Lessard (2005), Pimenta e Lima (2004), Cunha (1992) e Becker (1998).