O presente artigo propõe analisar como as incubadoras sociais universitárias, no seu processo de incubação, têm significado a autogestão, a empregabilidade e os movimentos sociais. Busca-se verificar a contribuição desse movimento no enfrentamento das refrações da questão social, a partir do conflito entre capital e trabalho, da dominação econômica que eleva a pobreza, o analfabetismo e o desemprego. Reaparecem, nesse contexto, os empreendimentos de economia solidária que buscam gerar trabalho e renda, seguindo os princípios da autogestão e da cooperação em suas atividades de produção, comercialização e troca de produtos. As incubadoras sociais universitárias (ISUs) têm como propósito fomentar e assessorar esses grupos na perspectiva de viabilização da sustentabilidade socioeconômica e na formação política dos cooperados. Após a realização de uma pesquisa qualitativa, aplicação de um formulário semiestruturado em quatro empreendimentos de economia solidária e a quatro ISUs, todos localizados no estado do Rio Grande do Sul, seguindo o método dialético crítico e utilizando a técnica de análise de conteúdo, pode-se concluir que o processo de incubação envolve situações de amplo direcionamento, dentre as quais, a estruturação e organização desses grupos com o objetivo de ocupar um espaço no mercado formal de trabalho, fomentando a empregabilidade, a formação para a autogestão e cooperação com características emancipatórias, significando esse processo como um espaço de mobilização coletiva, de articulação de esforços com o propósito de viabilizar a geração de trabalho e renda.
This article aims to analyze how university-based social incubators, in their incubation processes, have defined self-management, employability and social movements, in order to verify the contribution of this movement in facing the refractions of social issues, supported by dialectical and historical materialism. The process of expanding the conflict between capital and labor is revisited, as well as the elements that reinforce the external economic dominations that increase poverty, illiteracy and unemployment. In this context, solidarity economy projects reappear. They seek to generate work and income by following the principles of self-management and cooperation in their activities of production, commercialization and exchange of products. The purpose of university-based social incubators is to promote and advise these groups in the perspective of the feasibility of socioeconomic sustainability and the political training of their members. After conducting a qualitative research, with the application of a semistructured form together with four projects of solidarity economy and four ISUs located in the State of Rio Grande do Sul, Brazil and using the technique of content analysis we found that this process involves situations of broad orientation, training members, qualified, in some occasions, to occupy a space in the formal labor market, fomenting employability. On the other hand, to a large extent, incubation has provided training for self-management and cooperation with emancipatory characteristics, defining this context as a space of collective mobilization, generation of work and income, articulated with social movements.