O presente artigo possibilita um breve resgate histórico da Educação Especial, em Portugal no século XIX, baseado na análise da obra "O Crime do Padre Amaro", de Eça de Queirós. Obra da literatura portuguesa, escrita e publicada naquele século, permite focalizar como o autor concebe o deficiente, retratado na personagem Totó. A partir desses dados buscamos refletir sobre o lugar que ocupa a deficiência na obra, investigando como a imagem das deficiências se constrói, a partir dos mitos concebidos, ou seja, objetivamos tecer uma análise das representações da deficiência dentro do contexto da obra. No decorrer da história, encontramos diversas concepções que procuram explicar a ocorrência de alguma deficiência nos indivÃduos, que eram tratados de diferentes maneiras dependendo da época ou da deficiência que apresentavam. Ao final, pudemos perceber como o deficiente é visto e tratado na época, o que nos permite, também, abordar duas questões relevantes em relação ao deficiente: a inclusão social e a sexualidade.