O presente artigo tem como objetivo refletir sobre a interdisciplinaridade e suas
implicações no processo de trabalho de Centros de Atenção Psicossocial, considerando
alguns conceitos e estudos existentes sobre o tema. É visÃvel que os desafios para
realização de práticas interdisciplinares passam pela superação de questões como: a
manutenção de um modelo hegemonicamente médico-centrado, o fato dos profissionais à s
vezes não perceberem com clareza o seu papel na equipe e a existência de conflitos de
poderes intrainstitucionais. Mas também, observam-se efetivos trabalhos
interdisciplinares, com responsabilidade compartilhada e principalmente solidariedade,
com os outros profissionais e com os usuários; não se limitando somente aos seus saberes e
fazeres especÃficos, mas atuando com criatividade no campo de conhecimento da saúde,
na perspectiva da integralidade do cuidado em saúde mental.
This article aims to reflect about interdisciplinarity and their interferences in
the work process of Centers for Psychosocial Care, whereas some concepts and studies on
the topic. It is clear that the challenges for a successful interdisciplinary practice have as
presupposition to overcome questions such as: the maintenance of a hegemonic doctor-
centered model, the fact that many professionals do not perceive clearly their functions
in their teams and the existence of intra-institutional conflicts over power relations. At
the same time, there are effective interdisciplinary practices, based on shared
responsibility and solidarity. These practices are not only limited to the technical
knowledge and specific know-how but also include creativity in the Health Care knowledge
field, from the completeness perspective for mental health care.
Este artÃculo tiene como objetivo reflexionar sobre la interdisciplinaridad y sus
implicaciones en el proceso de trabajo de los Centros de Atención Psicosocial, teniendo en
cuenta algunos conceptos y estudios sobre el tema. Es visible que los desafÃos a la
realización de prácticas interdisciplinarias pasan por la superación de cuestiones como: el
mantenimiento de un modelo hegemónicamente centrado en la figura del médico, el
hecho de que los profesionales por veces no perciben claramente su papel en el equipo y la existencia de conflictos de poderes intra institucionales. Pero también, se observan
efectivos trabajos interdisciplinarios, con responsabilidad y solidaridad compartidas con
otros profesionales y usuarios; sin que estén limitados a su saber y hacer especÃfico, pero
actuando con creatividad en el campo del conocimiento de la salud, en la perspectiva de
la integralidad del cuidado en salud mental.